NOVIÇO OSCAR DOS SANTOS (1928-1946)

18 anos

Oscar dos Santos nasceu em Casa Branca-SP aos 05 de setembro de 1928. Entrou como aspirante em Rio Claro-SP aos 23 de janeiro de 1941. Iniciou o noviciado aos 08 de dezembro de 1944. O noviciado foi interrompido pelo fato de ter contraído tuberculose.
Humilde, tranquilo, obediente, piedoso, trabalhador. Passava quase inobservado, pois sempre estava fazendo seus deveres.
Jamais se queixou da doença. Daí a demora no diagnóstico. Quando foi descoberta já se encontrava em estado avançado. De nada valeu a sua internação no Sanatório de Divinolândia-SP para tratamento.
Faleceu santamente no hospital no dia primeiro de junho de 1946, confortado com os sacramentos da Igreja, tendo emitido os votos privadamente. Deixou-nos a lembrança de suas virtudes.
Oscar foi o primeiro representante da raça negra na Província e na Congregação e um dos primeiros aspirantes com o desejo de se tornar Irmão.

PADRE GIOVANNI LONA (1876-1933)


57 anos

Giovanni Lona nasceu em Cembra aos 29 de agosto de 1876. Entrou como aspirante na Itália. Iniciou o noviciado aos 15 de novembro1893 e fez a profissão perpétua a 01 de novembro de1895. Foi ordenado sacerdote em Verona aos 23 de novembro de1899.
Veio para o Brasil aos 18 de julho de 1921.
Trabalhou em Parma, Pavia, Milão, Trento e Gemona, quase sempre com a juventude. No Brasil trabalhou em Rio Claro-SP e Castro-PR. Foi professor e vigário.
Zeloso, piedoso, trabalhador, caridoso, dentro e fora da comunidade. Foi consultor diocesano. Percebendo a importância da imprensa no apostolado utilizou-se dela, traduzindo livros, escrevendo opúsculos, fundando um jornal em Castro (no Arquivo Histórico da Cúria há uma cópia de todos os números), e espalhando estampas e folhetos do Fundador.
Por causa do seu zelo pastoral sofreu muito em Castro com os protestantes, mas com sua caridade conseguiu impressioná-los e ser conselheiro de muitos deles. Quando a doença o obrigou a abandonar a paróquia, pôde-se perceber o quanto era amado por todos, católicos e protestantes.
Voltando para a Itália aos 22 de novembro de 1932, foi para Verona, onde enfrentou serenamente a morte, considerando-se o "homem mais feliz do mundo" e oferecendo sua vida pelas Missões e pelo clero brasileiro.
Faleceu aos 11 de junho de 1933, véspera da festa do Fundador e foi sepultado em Verona.

PADRE VICENTE MARQUES 1914-1997)


83 anos

Vicente Ramalho Marques de Freitas nasceu em Rio Claro-SP aos 05 de abril de 1914. Entrou em Rio Claro-SP aos 18 de dezembro 1929 e foi ordenado sacerdote em Ribeirão Preto-SP aos 07 de dezembro de 1941.
Exerceu o ministério em Campinas-SP, Ituiutaba-MG, Casa Branca-SP, Marília- SP, e Rio de Janeiro-RJ (paróquia de Santa Edwiges). Foi sempre um padre à disposição do Provincial para substituir quem precisasse. Substituiu estigmatinos e diocesanos. Como ele mesmo afirmou, sua vida "foi um verdadeiro tico-tico no fubá".
Sempre alegre, tranquilo, procurou agradar a todos com presentes singelos. Gostava de um bom vinho, de uma cerveja espumando ao natural, de um forte licor, enfim de tudo que animasse o corpo. Sempre, porém, manteve a compostura e a serenidade.
Seu prazer era visitar famílias e amigos, principalmente onde houvesse alguém doente; nestas ocasiões nunca deixava de trazer algo para a comunidade. Apreciava escrever cartas.
Nas primeiras comunhões que celebrava, mandava uma carta ao Papa em nome das crianças. Nas festas principais da Congregação enviava folhetos aos confrades com estilo empolado e conteúdo pomposo, que, todavia, demonstravam sua devoção e amor à Congregação. Ninguém lhe respondia, mas ele não desanimava e aguardava a próxima festa. Dedicou-se com amor aos coroinhas e preparava com grande carinho as primeiras comunhões.
Priorizou a celebração da eucaristia na qualidade e na quantidade. Havia dias, em final de ano, que chegava a celebrar quatro ou cinco missas. Jamais usava a palavra não a um pároco para a celebração da missa.
Devoto da Sagrada Face, celebrou na igreja de são Benedito, em Campinas, todas as terças-feiras, uma missa penitencial, que geralmente chegava aos 90 minutos.
Gozou sempre de boa saúde. Nunca foi visto acamado por doença.
Em 1997 começou a queixar-se de cansaço e não mais saiu de casa. Quando sentiu que deveria renunciar à celebração eucarística, saiu com esta nota: "Já que não posso mais celebrar, não convém mais viver". A missa foi sempre o sentido de sua vida, a razão do seu sacerdócio. Não conseguiu ser o missionário que queria, mas foi o missionário do dia a dia.
Definhou rapidamente em virtude de câncer generalizado. Comungou e brincou até a véspera de sua morte.
Se pudesse determinar o dia de sua volta ao Pai seria 12 de junho. Pois, então, na madrugada do dia de São Gaspar, em 1997, ele voltou para a casa do Pai.
Foi sepultado em Campinas no jazigo da Província Santa Cruz.

IRMÃO LUIZ ABRAM (1887-1974)

87 anos

Luiz Abram nasceu em Ronzone (Trento) aos 20 de agosto de 1887. Entrou como aspirante em Trento aos 21 de outubro de 1921. Iniciou o noviciado aos 28 de outubro de 1922. Fez a primeira profissão aos 02 de dezembro de 1923 e a perpétua aos 27 de julho de 1930.
Veio para o Brasil aos 16 de novembro de 1924. No Brasil trabalhou em Rio Claro-SP, Tibagi-PR, Campinas-SP, fazendo parte da primeira comunidade de São Benedito. Retornou à Itália no dia primeiro de janeiro de 1927. Morou em Trento, Verona (Escola Apostólica), Roma, Affi e Cadellara.
Foi sacristão, cozinheiro e hortelão. Durante sua longa vida foi sempre zeloso e trabalhador em todas as suas ocupações, colocando em ação, com grande dedicação, os talentos recebidos. Era um homem simples, de costumes tradicionais, firme, que sabia conciliar a alegria espontânea com a obrigação religiosa e o serviço cordial à comunidade.
Durante a vida sofreu incompreensões (principalmente no Brasil), por sua capacidade limitada e pela doença, especialmente no fim da vida. Faleceu a 14 de junho de 1974 em Verona, onde está sepultado.

PADRE FORTUNATO MORELLI (1895-1980)

85 anos

Com a morte de Pe. Fortunato Morelli desapareceu o último dos pioneiros Estigmatinos no Brasil. De 1922 a 1980 trabalhou em todas as nossas casas, desenvolvendo todo tipo de atividades. Morreu como um patriarca rodeado por seus "descendentes", a quem transmitiu conhecimento, formação, espírito religioso, vivência sacerdotal. Morreu querido, admirado, rodeado de jovens que o amavam. Nasceu em Scille de Civezano (Trento), aos 29 de maio de 1895. Entrou como aspirante em Verona aos 04 de novembro de 1907. Durante os estudos enfrentou todos os problemas decorrentes da guerra: apreensões, fugas, fome, indecisões sobre o futuro.
Ordenado sacerdote em Roma aos 29 de maio de 1920, permaneceu dois anos na Itália em casas de formação. Chegou ao Brasil aos 12 de maio, disposto a tudo e aberto a qualquer trabalho. Aplicou-se inicialmente a aprender a língua portuguesa. Estabeleceu-se em Tibagi-PR (1922-25), onde empreendeu a cavalo as viagens de Missão, cada uma com a duração aproximada de 30 dias. Exerceu o ministério como vigário. Após o fechamento das casas do sul, transferindo-se para Rio Claro-SP, foi professor, ecônomo e o primeiro Mestre de noviços.
Seguiu-se um o ciclo de atividade paroquial. Foi vigário em: Sales Oliveira-SP (fundador), Ituiutaba-MG, Casa Branca-SP. Construiu e reformou igrejas (Casa Branca e Ituiutaba). Voltou novamente para a Formação como Mestre de noviços, padre espiritual e confessor.
Passou os últimos cinco anos na Chácara do Vovô, na companhia dos seminaristas que muito o apreciaram e amaram. Faleceu serenamente em Campinas-SP, com 85 anos, nos últimos minutos do dia 17 de junho de 1980.
Foi sempre um religioso de observância rígida na vida pessoal e como formador; exigente no cumprimento dos cânones e das disposições eclesiásticas à frente da paróquia.
Ultimamente seu maior passatempo era a montagem de um grande presépio. Diante de um tabuleiro de xadrez foi sempre adversário temido, mesmo em seus últimos dias.
Pe. Fortunato não era um prodígio de força e robustez, mas a vida metódica e frugal que levava o conservou até uma idade fora do comum.
Na idade avançada a afabilidade tornou-se prenda de sua personalidade. Habitualmente calado, quando tinha oportunidade de palestrar com alguém, mantinha uma tonalidade de voz macia e branda. Ria também de forma própria, normalmente sem ressonância como é comum em quem ri com gosto.
Por outro lado, o senso de responsabilidade no desempenho de suas obrigações lhe imprimiu atitudes de severa autoridade na direção de seus subordinados, porém jamais exaltado ou carregado de autoritarismo. Rigoroso e severo consigo, exigia a mesma postura dos educandos, temeroso de faltar com seu compromisso de formador se agisse de outra forma.

PADRE DARIO DE ROMEDIS (1911-1999)


87 anos

Dario De Romedis nasceu em Denno aos 23 de setembro de 1911. Entrou para os estigmatinos em Verona no dia primeiro de dezembro de 1923. Fez o noviciado em Verona em 1928 e a profissão perpétua em Affi em 1932. Foi ordenado sacerdote em Verona aos 7 de março de 1936.
Aos 31 de agosto de 1938 chegou ao Brasil, onde por 61 anos prodigalizou-se como missionário, trabalhando sem tréguas nos estados de São Paulo, Bahia e Goiás. Passou pelas seguintes cidades: Casa Branca-SP, Sales de Oliveira-SP, Santa Cruz das Palmeiras-SP, Marília-SP, Ituverava-SP, Dom Basílio-BA, Ituaçu-BA, Luziânia - GO.
De índole ativa, tipo elétrico e loquaz, dedicou-se, por onde passou, com ardor e entusiasmo ao trabalho apostólico.
As atividades que desenvolveu em Luziânia, dificilmente seriam feitas por dois sacerdotes juntos. Não poupou esforço nem para administrar os sacramentos, nem para construir.
Em 1956 foi internado na Casa de Saúde de Campinas-SP com sérios problemas de saúde. Foi desenganado pelos médicos. Contudo, recuperou-se e por mais de 40 anos manteve a saúde robusta. Foi um péssimo paciente, pois era por demais irrequieto.
No início de 1999 começaram os sinais de debilitação física. Fez exames, tomou os medicamentos e continuou as atividades. No dia 14 de junho sentiu-se mal com problemas cardio-vasculares. Foi internado em Brasília-DF. Alternou momentos bons e críticos.
Deus o chamou para o seu Reino no dia 19 de junho de 1999 com quase 88 anos de idade e 63 de sacerdócio.
Seu sepultado no cemitério de sua querida Luziânia.

IRMÃO MARIO VALLE (1920-1986)


66 anos

Mário Valle nasceu em Leme-SP aos 19 de janeiro de 1920. Era um piedoso congregado mariano e entrou em Rio Claro-SP no dia 23 de fevereiro de 1942. Fez a primeira profissão aos 09 de dezembro de 1943 e a perpétua aos 09 de dezembro de 1949.
Trabalhou em Ribeirão Preto-SP, Rio Claro-SP, Casa Branca-SP, Campinas-SP. Foi cozinheiro, sacristão, horticultor, propagandista e cobrador de nossa revista "Ecos Estigmatinos".
Apesar de sua aparência calma e tranquila, era de temperamento nervoso, mas muito bom para viver em comunidade. Foi sempre muito retraído, porém participava de todos os atos comuns. Religioso fiel. Nutria grande devoção a Maria Santíssima.
Durante muitos anos cuidou de uma horta no Desterro e sempre tinha, no trabalho, um grupo de meninos que o ajudavam. Um desses, já moço e na faculdade, afirmou: "Se hoje eu sou o que sou (a família era pobre e analfabeta) devo ao Ir. Mário. Os trotes, os pescoções que ele me deu, a formação que me passou permitiram que eu me tornasse alguém na vida."
Um derrame em 1982 o deixou com dificuldade para falar e trabalhar. Apesar disso, continuou no cultivo de horta até o fim da vida.
Já avançado nos anos testemunhou: "Eu sou ignorante (era guarda-livros), não estou podendo trabalhar muito, mas tenho certeza de que, vivendo na graça de Deus, sou útil à Congregação e a todos os que têm contato comigo."
No dia 26 de junho de 1986, acometido de mal súbito foi levado imediatamente ao hospital. Constatado um edema pulmonar, veio a falecer ainda durante os socorros médicos às 16:30 horas.
Seu corpo foi sepultado no jazigo perpétuo dos Estigmatinos em Campinas-SP.

PADRE ALDO BELLI (1906-1981)


75 anos

Aldo Belli nasceu em Mezzano (Itália) aos 26 de junho de 1906. Entrou como aspirante em Verona aos 30 de outubro de 1919. Iniciou o noviciado a primeiro de agosto de 1922. Fez a primeira profissão aos 02 de agosto de1923 e a perpétua aos 31 de outubro de 1929. Foi ordenado sacerdote em Roma aos 21 de dezembro de 1929.
Trabalhou sempre com a juventude, tanto na Itália como no Brasil. Gostava de ação, movimento, de ter criatividade. Por isso gostava de jovens, de teatro e de escrever.
Seu trabalho em Verona já se tornava conhecido e até premiado, quando estourou a guerra. E a guerra o abalou profundamente.
Voltou a paz, uma paz suja de sangue. E ele "fugiu" para um novo campo de apostolado, onde pudesse continuar sua missão.
Chegou no Brasil aos 19 de março de 1947.
Em São Caetano-SP e na Mooca continuou o trabalho com jovens e congregados marianos. Zeloso no atendimento a confissões, passou grande parte de sua vida dirigindo consciências. Cooperou muito com a parte administrativa na construção da igreja de Nossa Senhora do Bom Conselho, na Mooca.
Apesar de pouco comunicativo e um tanto introvertido participava ativamente da vida comunitária.
Passou os últimos anos de vida entre as quatro paredes de seu quarto, com muitas dores, aceitação da doença, espírito de fé, reza do breviário e do terço.
Ansiava por poder abandonar seu "cadáver". Todavia, na inutilidade que sentia, era útil. Dom Luciano Mendes, bispo do setor do Belém, o chamava de "pára-raios da paróquia". Visitava-o constantemente.
Seu diário revela quanto lhe custava sua "inutilidade", e ensina como aceitar a doença e a imobilidade forçada com espírito cristão e bertoniano.
Descansou dos sofrimentos e voltou para Deus na madrugada do dia 24 de junho de 1981, às vésperas dos 75 anos.
Foi sepultado em Campinas.

PADRE FERNANDO GUARDA (1923-1983)


60 anos

Fernando Guarda nasceu em Piracicaba-SP aos 27 de dezembro de 1923. Entrou em Rio Claro-SP aos 24 de fevereiro de 1936. Iniciou o noviciado aos 08 de dezembro de 1942 e fez a primeira profissão aos 09 de dezembro de 1943. Professou perpetuamente aos 09 de dezembro de 1946 e foi ordenado em Ribeirão Preto-SP aos 03 de dezembro de 1950.
Seu caráter vivaz, agitado e prestativo amadureceu durante o tempo de formação e o ajudou muito na vida religiosa e apostólica. Trabalhou em Rio Claro-SP, Marília-SP, Cafelândia-SP, Casa Branca-SP, Ribeirão Preto-SP, Fazenda Santana, Palmeira-PR, Curitiba-PR, Barra da Estiva-BA e Ituverava-SP.
Foi formador, professor, vigário coadjutor, vigário e membro da Equipe Missionária. Sua inteligência não era brilhante, mas sempre desempenhou com seriedade seus deveres e ministérios.
Gostava de visitar os doentes e os presos (em Cafelândia jogava baralho com eles na cadeia). Por onde passou sempre foi querido pelo povo, pelos confrades, pelos colegas de sacerdócio e pelas autoridades.
Muito comunicativo pessoal e epistolarmente. São famosos seus bilhetes breves e de frases curtas. Correspondia-se com confrades e leigos.
Nos últimos quatro anos de vida seu coração deu sinais de enfraquecimento. Contudo mantinha a coragem e a disposição. Cada vez que conseguia a reabilitação lançava-se ao trabalho. Quando o aconselhavam a diminuir o ritmo ou cuidar-se melhor, respondia: prefiro viver mais 15 dias trabalhando que passar um ano em inatividade.
Seu corpo descansou definitivamente no dia 27 de junho de 1983, de manhã, após um período de tratamento na casa de São Benedito em Campinas-SP.
Depois de uma concelebração com a presença de 22 confrades, foi sepultado no cemitério da Saudade, em Campinas-SP.

PADRE AUGUSTO CASAGRANDE (1913-1995)


82 anos

Augusto Casagrande nasceu em São José do Rio Pardo-SP aos 22 de março de 1913. Entrou em Rio Claro-SP aos 06 de novembro de 1924 com a primeira turma de candidatos brasileiros. Fez a primeira profissão aos 15 de novembro de 1930, e a perpétua aos 23 de agosto de 1934. Ordenou-se sacerdote em São Carlos-SP aos 26 de julho de 1936.
Exerceu o ministério em Campinas-SP, Rio Claro-SP, Marília-SP, Mooca-SP, Casa Branca-SP, Ituverava-SP. Foi pároco, conselheiro e ecônomo provincial. Tornou-se o primeiro Provincial brasileiro.
Sempre demonstrou boa inteligência e capacidade administrativa. Apenas ordenado ocupou o cargo de ecônomo na Escola Apostólica de Rio Claro. Durante a maior parte de sua vida foi administrador dentro da Província. Tinha duas preocupações: manter o seminário e criar o patrimônio da Província para o futuro. Gostava de administrar a Fazenda Santana.
No ministério sacerdotal distinguia-se pela pregação. Sabia comunicar a mensagem evangélica com profundidade e convicção.
Foi nomeado Superior Provincial da jovem província de Santa Cruz. Nesse período priorizou a pastoral vocacional, dando grande impulso à formação sacerdotal. Impulsionou notavelmente o incremento da vocação para irmão religioso que via como bem preciosíssimo para o Instituto.
Gostava muito se integrar em movimentos sociais. Acompanhou por muito tempo o "Projeto Rondon"' com universitários. Foi presidente do Consórcio de Promoção Social da região central de São Paulo.
Distinguiu-se pela atenção que dava ao ser humano. De suas iniciativas surgiram diversos grupos de terceira idade. Levava-os a rezar, trabalhar e divertir-se juntos.
Em 1992 foi inaugurada em Rio Claro a sede do "Centro Municipal de Convivência Pe. Augusto Casagrande", homenagem condigna a quem se doou com generosidade para o bem do próximo, especialmente dos mais necessitados.
Foi sempre um grande colaborador dos jornais por onde passou.
Trabalhou até o fim da vida. Sua morte ocorreu em Rio Claro no dia 28 de junho de 1995.
Foi sepultado no túmulo dos Estigmatinos em Rio Claro.

PADRE JOHN HENRY FORD


76 anos

Nasceu em Quincy, nos Estados Unidos, aos 11 de junho de 1927. Entrou como aspirante aos 18 de setembro de 1941. Fez a profissão perpétua aos 13 de junho de 1951 e foi ordenado sacerdote aos 8 de junho de 1956.
Exerceu o ministério sacerdotal em Wesllesley (USA) nos anos 1957-61-62 e nas seguintes cidades: em Guam (1959) ,Waltham (1960), Canadá (1963), Palmeira-PR (1965-66), Curitiba-PR (1969-70-71-85), Rio Claro-SP (1983-84-97-98-99-2000), Praia Grande-SP (1987-88), Barretos-SP (1995). Em 1981 exerceu o ministério na África do Sul. Aos 20 de junho de 2000 retornou aos EUA.
Faleceu no dia 29 de junho de 2003 com 76 anos no Hospital de Pittsfield, cidade onde residiu e trabalhou nos últimos anos de vida.
Era do tipo tranquilo, calmo, sossegado. Bom colega na vida comunitária. Metódico, preparava cuidadosamente durante a semana a sua homilia. Antes do almoço ajeitava uma caipirinha, acendia um cigarro, sentava-se e à mesa e aguardava os confrades.
Quando morava em Rio Claro, toda quarta-feira, seu dia de folga, aparecia na Fazenda Santana pelas 9:00 horas com um album de selos que pertencera a Pe. Luiz Benedetti. Levava consigo um catalogo e ficava entretido com a leitura dos selos até às 16:00 horas, quando retornava para casa.
Não era loquaz, mas sabia fazer amizades com os leigos e era benquisto pelos confrades e paroquianos seus.