PADRE VICENTE MARQUES 1914-1997)


83 anos

Vicente Ramalho Marques de Freitas nasceu em Rio Claro-SP aos 05 de abril de 1914. Entrou em Rio Claro-SP aos 18 de dezembro 1929 e foi ordenado sacerdote em Ribeirão Preto-SP aos 07 de dezembro de 1941.
Exerceu o ministério em Campinas-SP, Ituiutaba-MG, Casa Branca-SP, Marília- SP, e Rio de Janeiro-RJ (paróquia de Santa Edwiges). Foi sempre um padre à disposição do Provincial para substituir quem precisasse. Substituiu estigmatinos e diocesanos. Como ele mesmo afirmou, sua vida "foi um verdadeiro tico-tico no fubá".
Sempre alegre, tranquilo, procurou agradar a todos com presentes singelos. Gostava de um bom vinho, de uma cerveja espumando ao natural, de um forte licor, enfim de tudo que animasse o corpo. Sempre, porém, manteve a compostura e a serenidade.
Seu prazer era visitar famílias e amigos, principalmente onde houvesse alguém doente; nestas ocasiões nunca deixava de trazer algo para a comunidade. Apreciava escrever cartas.
Nas primeiras comunhões que celebrava, mandava uma carta ao Papa em nome das crianças. Nas festas principais da Congregação enviava folhetos aos confrades com estilo empolado e conteúdo pomposo, que, todavia, demonstravam sua devoção e amor à Congregação. Ninguém lhe respondia, mas ele não desanimava e aguardava a próxima festa. Dedicou-se com amor aos coroinhas e preparava com grande carinho as primeiras comunhões.
Priorizou a celebração da eucaristia na qualidade e na quantidade. Havia dias, em final de ano, que chegava a celebrar quatro ou cinco missas. Jamais usava a palavra não a um pároco para a celebração da missa.
Devoto da Sagrada Face, celebrou na igreja de são Benedito, em Campinas, todas as terças-feiras, uma missa penitencial, que geralmente chegava aos 90 minutos.
Gozou sempre de boa saúde. Nunca foi visto acamado por doença.
Em 1997 começou a queixar-se de cansaço e não mais saiu de casa. Quando sentiu que deveria renunciar à celebração eucarística, saiu com esta nota: "Já que não posso mais celebrar, não convém mais viver". A missa foi sempre o sentido de sua vida, a razão do seu sacerdócio. Não conseguiu ser o missionário que queria, mas foi o missionário do dia a dia.
Definhou rapidamente em virtude de câncer generalizado. Comungou e brincou até a véspera de sua morte.
Se pudesse determinar o dia de sua volta ao Pai seria 12 de junho. Pois, então, na madrugada do dia de São Gaspar, em 1997, ele voltou para a casa do Pai.
Foi sepultado em Campinas no jazigo da Província Santa Cruz.